quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mendicância II



Naquela esquina deserta
Há uma sem nome
Sem rosto, sem direção
No calor do sol
No frio da noite
Molhada da chuva
Recostada em suas ilusões
Vestida apenas das suas amarguras
Que tanto pesam que nem se pode levantar
À sua frente uma sacola cheia de nada
Vazia de tudo na vida
Aberta, escancarada, arreganhada às moscas
À espera das doações misericordiosas que surgirem
Passando por lá, tu tenhas piedade também
Jogue qualquer coisa ali dentro daquela sacola
carinho,
afeto,
atenção,
amor...

Um comentário:

  1. Essa poesia está romantica e existencial ao mesmo tempo..... Cada dia melhor, amiga.....Nem parece pedagoga, tinha que ter feito Letras

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