quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Folha
Folha
Lá do alto
bela e brilhante
cheia de si
do sumo verde da existência.
Bailando de um lado ao outro
conforme a brisa macia
conforme as gotas de chuva
e os raios de sol.
Antes pequena e frágil
agora grande, forte e viçosa.
Entre tantas
sob tantas
sobre tantas e tantas
refrescando dias
orvalhando noites
dias
noites...
Até que
mais nada é igual.
O brilho não é igual
pois o sol não alcança
pois a chuva não vem
e de repente
o amarelado do tempo
traz a secura da morte
a ausência de vida
e o desprendimento do galho.
Enfim o bailado final
conforme a brisa macia
do infinito do alto
à dureza do chão.
[Jussara Alves]
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